QUANDO OS LíDERES "CRISTÃOS" NÃO SEGUEM O MODELO DE CRISTO






 Quando lemos a Palavra de Deus, é fácil concluir que Jesus não é apenas um modelo de uma pessoa cheia do Espírito Santo, mas também de um modelo de liderança. O que JESUS quer, é que seus líderes sejam homens de força e firmeza, homens dispostos a aceitar a responsabilidade de cuidar do seu rebanho. Sempre liderando para abençoar aqueles que estãos sendo guiados, não para impor sua vontade ou cobiça. As exigências para a liderança são pureza de caráter, maturidade espiritual e, acima de tudo, disposição de servir com humildade e amor.

De acordo com Walter M.Calister, Bispo Primaz da Aliança das Igrejas Cristãs Nova Vida (ICNV): "na igreja há a liderança de elite (pessoas preparadas e que se movem debaixo de regras estabelecidas) e a liderança populista (os que pela sua influência “natural” acabam boiando até a superfície do grupo, assumindo seu lugar por aclamação). Seja membro de uma elite educada ou um membro do “povo” que sobressai, esse líder pode ser bom ou não. Pode fazer bem aos seus liderados ou não!

Há igrejas que são lideradas por grupos. O “líder” que fica à frente da congregação, ocupando o púlpito e conduzindo o culto, não lidera, de fato. É um contratado, um serviçal dos que realmente decidem os rumos da igreja, mas não tem qualquer vocação ministerial. É conhecido como o “pastor” mas não pastoreia, no sentido correto. A estrutura da igreja faz dele um prestador de serviços ministeriais. É um fato trágico que em nossos dias ainda haver igrejas que são, de fato, lideradas por homens de negócios, enquanto os sacerdotes vivem a servir ao bel-prazer desses detentores dos rumos da igreja.

Existem outras igrejas,cujos líderes são realmente os que ficam à frente dela. Esses não somente ministram, mas pastoreiam, inspiram e, de modo geral, definem os rumos da congregação. O povo os segue. É um modelo mais coerente, ao meu ver. Mas é um modelo que também abre a possibilidade de abusos maiores.

Mas, seja um líder de fato ou de aparência apenas, os dois podem desapontar. Podem abusar da sua influência. Podem trair a confiança dos membros. Podem se mostrar menos compassivos do que seria esperado de uma pastor de ovelhas. Podem se mostrar impiedosos, cruéis, imorais… enfim, pessoas que não espelham um temor a Deus, que é o que esperamos de um líder na casa de Deus."

Ao ler esse texto, cai em lágrimas, porque é que estou sentindo, há algum tempo na  Primeira Igreja Batista de Aracaju, igreja  onde congrego, e sou membro há aproxidamente 03 anos.

De acordo com a Bíblia, os bons líderes são duplamente abençoados (1 Tm 5.17), e os péssimos líderes são duplamente repreendidos (v. 20),não vos torneis, muitos de vós, mestres, sabendo que havemos de receber maior juízo( Tg 03:01) pois “àquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido” (Lc 12.48). “

No entanto, o que vejo, na igreja ao qual faço parte,  é a afirmação do Pr.Isaltino Gomes Coelho Filho:" a transformação da igreja em empresa e do pastorado em emprego ou bico. É a falta de vivência de valores espirituais. É a visão limitada de estrategistas de visão secular bem ampla, mas de visão espiritual bem limitada." sobretudo, da presidência em exercício.

E o pior, que fatos como esses, acontecem diariamente em várias igrejas ao redor do mundo, com a anuência de seus membros!

Segundo o artigo Delegue, não Abdique! do conferecista e escritor Michael Caceres "o resultado é que a igreja sofre com as más escolhas da liderança. Muitas delas feitas sob o famoso argumento da bajulação. Líderes arrogantes, que odeiam ser criticados, acabam delegando funções a bajuladores, geralmente homens nem um pouco espirituais e menos voltados para o crescimento da igreja. São eles que se vangloriam por um trabalho que não fizeram, ou que procrastinam o ano todo, levando a igreja ao sofrimento, ao apresentarem contas de seus trabalhos, tem sempre uma boa desculpa. Não são poucos aqueles que, em vez de alimentar o rebanho de Cristo, têm matado tempo, empurado, enrolado.

Não são poucos os missionários que desistem do campo por não ter nenhuma vocação para o trabalho. Existem também aqueles que permanecem, mas acabam mais servindo de escândalo do que de benção. Assim também, são aqueles que assumem determinadas funções e departamentos da igreja, sem ter nenhuma vocação para isso. Líderes de jovens que são ótimos pregadores mais péssimos líderes, líderes da música que nunca aprenderam a tocar um instrumento e pastores que tem um lar destruído e uma família desestruturada, são apenas alguns exemplos de crise vocacional."

Não é a toa, que o aumento do numero de avangélicos detectados  pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que divulgou em junho, dados do Censo 2010, foi acompanhado pela expansão dos fiéis que transitam por mais de uma igreja ou que não têm vínculos com nenhuma instituição.A pesquisa mostrou que, ao serem questionadas sobre sua religião ou culto, 9,2 milhões de pessoas (4,8% da população) responderam simplesmente ser evangélicas, sem citar nenhuma igreja específica..

Os resultados também mostram, que a diminuição de fiéis ligados diretamente às igrejas, em geral, foi por decepção com a instituição religiosa que frequentavam , com os seus líderes, ou com os custos elevados da vida religiosa.

Pergunto aos leitores: estaria a igreja evangélica no Brasil, vivendo uma crise de valores, principios ou  identidade?

http://www.luz.eti.br/cr_teologiaxtecnocracia.html -Quando a Igreja Troca a Teologia Pela Tecnocracia:
com uma releitura de dois episódios da vida de Jesus
       http://www.ibge.gov.br/home/
P.S:Pessoal, qualquer semelhança entre a foto principal, e a imagem do Ditador Idi Amin, papel de Forest Whitaker, no filme O ÚLTIMO REI DA ESCÓCIA, talvez seja,uma mera coincidência, ou não. ;)





O médico recém-formado Nicholas Carrigan resolve se aventurar pelo mundo em busca de novas experiências. O destino escolhido é Uganda, país localizado na região central da África. Lá, o médico reside em uma pequena cidade, servindo o hospital principal. O presidente do país, Idi Amin, sofre uma pequena lesão nas mãos enquanto visita a cidade. Por acaso, o médico requisitado para socorrê-lo é Carrigan,que acaba por prestar socorro ao presidente. A partir disso, Amin propõe a ele que se torne seu médico pessoal. Relutante, Nicholas aceita a proposta. Durante seu mandato, o médico se torna também seu amigo e conselheiro, participando de reuniões e representando do presidente em algumas ocasiões. Devido à algumas situações, ao decorrer do tempo Nicholas descobre que Amin não é quem parecia ser.

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