PASTOR, NÃO É PSICÓLOGO!

         Psicologia (do grego  Ψυχολογία, transl psykhologuía, de ψυχή, psykhé, "psique", "alma", "mente" e λόγος, lógos, "palavra", "razão" ou "estudo") "é a ciência que estuda o comportamento (tudo o que organismo faz) e os processos mentais (experiências subjetivas inferidas através do comportamento).

         Dentro da área da psicologia existe a chamada especialidade; nesse caso um pastor não deve se atrever, a dar diagnósticos as suas ovelhas, se ele não tiver conhecimento acadêmico, científico, sobre o assunto.
  
    No entanto, nestes últimos anos, cresceu em vários setores humanos o interesse pela psicologia. Essa deixou de ser uma disciplina especulativa, ensinada em cursos restritos das faculdades de filosofia, para penetrar em quase todos os currículos, nos serviços de admissão ou seleção de profissional, da indústria e do comércio, do exército, da marinha da aeronáutica civil e militar.
    
E muitos líderes cristãos, apenas por lerem livros de auto-ajuda, ou estudarem disciplinas isoladas de psicologia em cursos de teologia , resolveram dar diagnósticos aos seus fiéis, em especial, daqueles que apresentam  uma visão diferenciada da maioria do rebanho, e resistência há algumas normas estipuladas pelas lideranças das igrejas as quais fazem parte.

 O Pr.Presidente da Primeira Igreja Batista de Aracaju, Paulo Sérgio dos Santos, por exemplo, de vez em quando gosta de dar diagnósticos desse tipo:
  
"Pare de "procurar chifre em cabeça de cavalo". Parece que você se importa demais com o que os outros (irmãos) pensam ou vêem em você. Procure processar melhor os seus recalques, seu complexo de inferioridade, que de maneira tal se apresenta como um complexo de superioridade. Preze mais em servir do que exigir, inclusive de você mesma." ( via e-mail)


Detalhe... esse diagnóstico é padrão! 

Em geral,  é para pessoas do sexo feminino, que por alguma razão, criticam alguns métodos administrativos adotados pelo mesmo.

Em poucas palavras, analisando o conteúdo...  de uma forma polida e educada, o "pastor psicólogo", chama a sua " ovelha paciente" de recalcada e complexada, e o pior, contrariando o princípio bíblico do  testemunho autêntico do cristão, diz que não devemos nos importar, com o que os outros vêem e pensam sobre nós.

 É algo alarmante, ver como  a Palavra de Deus foi acolhida no mesmo nível da psicologia. A penetração não para por aí, conheço casos em que Igrejas proporcionaram seminários para seus membros, mostrando o valor da psicologia na vida cristã. Não tenho dúvidas de que esse fascínio que muitos líderes demonstram pela psicologia começou com a matéria oferecida no curso de teologia. Estamos diante de um problema gravíssimo e muitos se deixaram levar por esse engano maligno, outros não enxergam esse perigo.

 Isto tudo demonstra que pastores e líderes estão procurando respostas para o problema humano e em particular de suas ovelhas, fora da Palavra de Deus. Isso não seria algo perigoso, se realmente os pastores, tivessem uma formação específica na área de psicologia, como uma  graduação e pós graduação, no entanto, o que eu vejo é o exercício ilegal da profissão de psicólogo.


Quando alguém vai até o pastor, não está procurando um psicólogo, mas um pastor. É grande a frustração quando, em vez de pernetrar nos labirintos da alma humana e conduzir as ovelhas de Cristo no caminho da comunhão e da reconciliação, o pastor envereda por conversas, perguntas e preocupações que nenhuma relação têm com a oração, com Deus e com a vida outorgada a ele.  (Eugene Peterson em "A vocação espiritual do pastor", pág. 9 - Ed. Textus)


Fora que, existem casos, em que o própria liderança espiritual, é que necessita de ajuda e apoio especializado na área.

De acordo com o Conselho Regional de Psicologia do Estado de São Paulo:


 O exercício ilegal ocorre nos seguintes casos:

1) quando, embora tendo a formação em Psicologia, o psicólogo não tenha inscrição ativa no Conselho Regional de Psicologia:

- nunca se inscreveu;
- teve a inscrição cancelada a pedido, por falta de apresentação do diploma ou outros motivos;
- teve a inscrição suspensa ou cassada por penalidade ética;


2) quando o profissional não é psicólogo e realiza/realizou atividades próprias do exercício profissional do psicólogo. Incluem-se neste caso estudantes de Psicologia que exercem atividades de psicólogo sem formalização de contrato de estágio;


3) quando o profissional não é psicólogo, mas apresenta-se como tal.


“Qualquer pessoa que toma conhecimento do exercício ilegal da profissão de psicólogo poderá proceder com a denúncia”, explica a psicóloga e conselheira do CRP SP, Carmem Taverna.Quando em alguns casos alguém nos contata querendo fazer uma denúncia contra um profissional e constatamos que o profissional não é inscrito, sugerimos que a própria pessoa proceda com a denúncia numa delegacia de polícia, pois poderá auxiliar no esclarecimento do fato.”

É importante que, ao contratar psicólogos, as empresas estejam atentas e certifiquem-se da regularidade cadastral do psicólogo. Tal informação poderá ser obtida diretamente no site do CRP SP (www.crpsp.org.br) ou pela solicitação ao psicólogo de Declaração Profissional de Exercício e Ética expedida pelo Departamento de Atendimento do CRP SP. Para consulta a regulamentação citada, acesse o site do CRP SP no item Legislação.
Para Carmem Taverna, respeitar o Código de Ética, bem como os demais aspectos da legislação profissional, sistematizados como referências nas Resoluções do Sistema Conselhos de Psicologia, significa respeito tanto aos colegas, à Psicologia e à sociedade. "Zelar para que isso aconteça é uma responsabilidade que não pode ser minimizada", diz.


Fontes:http://solascriptura-tt.org/SeparacaoEclesiastFundament/PastoresPsicanalistasEssaNao-Emidio.htm
            http://www.cppc.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=139&Itemid=119
            http://www.crpsp.org.br/portal/comunicacao/jornal_crp/166/frames/fr_orientacao.aspx
            http://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia
            http://www.cfp.org.br/ - Conselho Federal de Psicologia

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