DIACONIA:POLITICA E POLITICAGEM NAS IGREJAS...





Antes de alguém pensar errado, o artigo trata da questão da política interna nas diversas instituições cristãs existentes e não de política pública, partidária ou de Estado.

Dito isso, vamos a questão proposta.


Por esses dias, na Primeira Igreja Batista de Aracaju, foi comemorado o dia do Diacóno Batista.

O termo diácono (do grego antigo διάκονος, "ministro", "servo", "ajudante") é aplicado aos clérigos de igrejas de origem cristãs, nas suas várias denominações. A forma feminina chama-se diaconisa.
Dependendo da tradição denominacional, o diácono pode ser permanente ou um estágio para a ordenação presbiterial.

No protestantismo o papel do diácono varia conforme a tradição denominacional. Pode ser um cargo inicial (Assembleias de Deus, Igreja Metodista ) ou permanente (Congregação Cristã no Brasil, Igreja do Evangelho Quadrangular ) , enquanto em algumas há tanto diaconato como estágio ministerial ou ministério permanente (Igreja Anglicana, Igreja Batista, Igreja Luterana). A função varia também, podendo o diácono ocupar da administração, manutenção, exercer função litúrgica, cuidar de necessitados.

A primeira menção na Bíblia de diáconos ocorre no livro de Atos dos Apóstolos onde são eleitos os Sete Diáconos: Estevão, o primeiro mártir, Filipe, o Evangelista, Prócoro, Nicanor, o Diácono, Timão, o Diácono, Parmenas e Nicolas para servir os pobres.

Os diáconos, ou servos, na Bíblia incluem servos domésticos (João 2:5,9), e governantes (Romanos 13:4), mas os usos mais comuns são de servos de Cristo e da igreja. Jesus usou a palavra para descrever seus discípulos, um em relação aos outros (Mateus 23:11), e Paulo usou a mesma palavra freqüentemente para descrever evangelistas ou pregadores da palavra (1 Coríntios 3:5; Efésios 6:21; etc.). Estes termos, nos usos gerais, descrevem tanto homens como mulheres (veja Lucas 10:40; Romanos 16:1). Todos os cristãos devem servir uns aos outros (1 Pedro 4:10).

Segundo a Palavra de Deus:
Os diáconos igualmente devem ser dignos, homens de palavra, não amigos de muito vinho nem de lucros desonestos. I Tm 03:18
Devem ser primeiramente experimentados; depois, se não houver nada contra eles, que atuem como diáconos. 1 Tm 03:10
O diácono deve ser marido de uma só mulher e governar bem seus filhos e sua própria casa.
1 Tm 03:12
 Pra começar, o que mais se tem na Primeira Igreja Batista de Aracaju, é diácono!
"É muito cacique pra pouco índio..."
Posteriormente, pretendo tratar no AltoFalanteGospel, sobre a semelhança entre o loteamento de cargos, o legalismo dos dízimos, e as indulgências da Igreja Católica.
Mas, meus caros leitores, o que isso, tem a ver com politica?
De acordo com o  dicionário Lexicon, "política é a arte da organização e administração de um Estado, uma sociedade ou de uma instituição", e ainda, "o conjunto de fatos, processos e conceitos que regem o Estado, a sociedade ou instituições", e mais, "os conceitos e a prática que orientam uma determinada forma, pré-escolhida, desse gerenciamento."
Sintetizando, podemos afirmar que política é a arte da organização e administração de uma instituição (no caso aqui, uma denominação evangélica), que indicam um conceito que a rege basilando seu gerenciamento.
Como tratamos aqui da Igreja Evangélica, entendemos que os conceitos advindos dos princípios e valores bíblicos devem obrigatoriamente reger então as atitudes, os procedimentos, a postura, a conduta, as leis, as constituições, a gestão, em suma, todo a política dessa instituição na pessoa de seus membros. Dito isso, fazer política não é ruim, diria que é necessária, pois é a busca dos interesses do Reino na instituição, ou seja, visa sempre pautar e fundamentar todas as decisões e metodologias tendo como base e construção, os princípios, conceitos e valores cristãos revelados nas Escrituras..
Ser político partindo desse pressuposto já delineado é uma função necessária nas instituições evangélicas e cristãs em geral, pois a política se faz obrigatória para que haja organização, administração e gestão adequada, eficiente e alinhada com a Bíblia.

Politicagem significa "uma política usada para atender interesses particulares ou mesquinhos", e ser politiqueiro é "quem faz politicagem".

Entendemos então que o cristão politiqueiro faz "uma política" para atender aos seus interesses e não aos interesses do Reino de Deus, por isso essa política é chamada de "politicagem", e se diferencia da política acertada que expus antes. 

Entretanto, é evidente que, Líderes cristãos (pastores, presbíteros, ministros do Evangelho, educadores cristãos...) que realmente busquem uma política que vise os interesses do Reino de Deus nas áreas que ocupam tem se tornado cada vez mais escassos em nosso meio.

Não é incomum a busca e mesmo a luta incansável e ferrenha por cargos e funções denominacionais com interesses de toda ordem, menos os do Reino. A ambição por "subir" na denominação ou obter "mais poder" tem, lamentavelmente, destruído muitas igrejas antes fortes e sadias do ponto de vista doutrinário e organizacional.
Essa ambição ruim, desmedida, direcionada pelos caprichos e ânsia de poder abala os alicerces denominacionais, trazendo toda sorte de males e prejuízos a estrutura estabelecida, e obviamente as pessoas que ali congregam e esperam de seus líderes algo muito maior e melhor do que suas investidas ao poder. Esperam ser acolhidas, nutridas e acompanhadas de forma pastoral e bíblica.
Mas, o que ocorre é que vivem sedentas e famintas pois aqueles que deveriam lhes encaminhar para ensinamentos e ministrações que lhes proporcionariam o encontro e vida com o Bom Pastor e consequentemente, aos verdes pastos e as águas tranquilas, estão mais preocupados com seus interesses egoístas e mesquinhos pelo poder denominacional e cargos e funções que lhes darão mais prestígio, títulos e porque não dizer, mais dinheiro.
Pastores que abdicaram de pastorear e investem quase que todo o seu tempo e esforços para alcançar seus objetivos nada cristãos.
Toda a sua criatividade e dedicação está voltada e direcionada para a politicagem. São literalmente, politiqueiros, adeptos da política ruim e nefasta. Para tanto, descaradamente, tecem "arranjos", "esquemas", "troca de favores" etc, e não se constrangem em usar e abusar de suas atribuições e ofício para arquitetá-las e realizá-las.

Os demais membros, somente são lembrados quando são interessantes aos "planos" do politiqueiro. Quando isso não ocorre, que se virem sozinhos...
A politicagem "corre solta" e todos os que podem ajudar a esse líder a "crescer" em poder e prestígio na sua denominação são encorajados a "estar com ele" pois colherão frutos dessa fidelidade (troca de favores). E aí então, forma-se a equipe ministerial do politiqueiro (sua turma). E com isso o povo sofre... o rebanho mingua... o Espirito Santo se entristece...
Os crentes não são alimentados como deveriam. Não são orientados. Não são aconselhados. Não são sequer "vistos" pelo "seu pastor". O telefone, internet ou coisa do tipo somente são usados por esse pastor quando precisa cobrar resultados de seus arranjos, de seus projetos (palavra que eles amam usar) porém nunca como um acompanhamento pastoral ou de um cuidado com a vida daquele irmão.
Por isso, os irmãos se decepcionam por mais que o amem e saem a procura de alguém que os pastoreiem biblicamente. Olha aí um grande motivo do crescente número de crentes sem igreja. Essa motivação é, sem dúvida, de se entender e levar em alta consideração.
E muitos procuram outras pastagens, onde esperançosos, desejam ali encontrar um "pastor de verdade" e não um que somente tenha o título.
Poucos encontram, admito. E aí também a motivação e o porquê da abertura de muitas igrejas novas, onde obreiros entenderam que isso era o melhor a fazer devido ao convívio decepcionante que tiveram com os politiqueiros. Também isso é bem entendido por mim.

Fontes: Biblia Sagrada


                                                                          








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