UM MEMBRO DE UMA IGREJA, PODE BATIZAR OUTRO MEMBRO?



O AltoFalanteGospel, vem abordar, sobre um tema simples e ao mesmo tempo polêmico: pode um membro comum batizar um neófito, ou seja, um novo convertido? O interesse pelo tema se deu pelo fato de ouvir da minha MÃE, que a mesma batizou uma pessoa que aceitou Jesus e estava para morrer sem ser batizado,  quando jovem, há muitos anos atrás...

A resposta a essa pergunta, foi respondida, pelo Pr.Ciro Zibordi, e segue a seguir:


"Aproveitando que alguns internautas estão perguntando a mim e a outros editores de blog a respeito do batismo em águas (este é o novo assunto do momento na blogosfera em parte cristã!), darei início a esta série. As perguntas dos internautas giram em torno, principalmente, da seguinte questão.



Pode um membro da igreja ou um obreiro (qual cristão que se preza não é um obreiro?) que não tenha um título ministerial, como pastor ou presbítero, eventualmente, por exceção à regra, batizar novos convertidos?


N. Lawrence Olson, em sua obra O Batismo Bíblico e a Trindade, publicado pela CPAD em 1985, asseverou: “o batismo nas águas é um mandamento, tanto para pregadores, como para o povo de Deus em geral” (p.13). E, indo direto ao assunto, tendo em vista que o batismo é um mandamento para pregadores e para o povo de Deus, em geral, quem poderia, efetivamente, ministrá-lo aos novos convertidos?.


No padrão adotado pelas igrejas evangélicas, especialmente as Assembleias de Deus, os seus ministros líderes, juntamente com os seus ministros assistentes e auxiliares, batizam os neoconversos. Em regra geral, o batismo em águas é uma grande festividade, presidida pelo líder principal da igreja (pastor-presidente), o qual designa os obreiros que ministrarão o batismo em águas, seja no templo, seja em qualquer lugar onde haja água.


Não é usual e comum os pastores (ou presbíteros) dirigentes de congregações batizarem novos crentes. Mas os tais, como ministros, podem batizar. Na Assembleia de Deus em São Paulo, igreja-modelo pastoreada por José Wellington Bezerra da Costa, onde servi a Deus como cooperador, diácono, presbítero e ministro por um bom tempo —, quem batiza geralmente são alguns ministros líderes, dentre os mais de cinquenta pastores setoriais, todos designados pelo pastor- presidente.

Também não é usual e comum os diáconos batizarem novos convertidos. Mas eles também podem fazer esse trabalho, sob a orientação do pastor. E isso já era comum na igreja primitiva. Filipe, um dos sete primeiros diáconos (At 6.3-5), certamente designado pelos apóstolos, batizou, não só em Samaria (At 8.12), como também durante uma evangelização pessoal: “Então mandou parar o carro, ambos desceram à água, e Filipe batizou o eunuco” (v.38, ARA).

Finalmente, não é usual e comum obreiros que não tenham títulos como pastor, presbítero ou diácono batizarem novos convertidos. Mas eles, se autorizados pelo pastor, eventualmente ou em circunstâncias especiais, podem fazer isso? Se atentarmos para o livro de Atos, ao que tudo indica, os apóstolos autorizavam outros obreiros, de escalão menor (diáconos, obreiros sem título; se bem que obreiro não deixa de ser um título!), por assim dizer, a batizar em águas.

Em Atos 9.10-18, menciona-se um discípulo chamado Ananias, o qual batizou o novo convertido Paulo, também chamado Saulo (At 13.9). E, mais adiante, em Atos 22.16, esse apóstolo testifica como Ananias o mandou se levantar e receber o batismo nas águas. Ao falar desse irmão que o batizou, o detalhista Paulo chama-o apenas de “Um homem, chamado Ananias, piedoso conforme a lei, tendo bom testemunho de todos os judeus que ali moravam” (v.12, ARA). Nada mais se diz acerca do cristão Ananias no livro de Atos.

Muitos citam a Grande Comissão — “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as cousas que vos tenho ordenado” (Mt 28.19,20, ARA) — para afirmar que somente os ministros ou presbíteros podem batizar, uma vez que a ordenança do batismo foi dada aos apóstolos. Mas é importante atentarmos para o seguinte: os apóstolos constituíam a igreja nascente e a representavam como um todo, naquele momento.

Caso contrário, somente os pastores e presbíteros poderiam pregar o evangelho e ensinar a Palavra de Deus, hodiernamente.

Se todos os cristãos podem ir por todo o mundo, pregando o evangelho a toda a criatura (Mc 16.15-18); se todos eles podem ir e ensinar todos os povos (Mt 28.19); por que todos eles não podem batizar os neoconversos em nome do Pai, em nome do Filho e em nome do Espírito Santo?

Repito: não é usual e comum que membros batizem membros. Mas, será que um acontecimento isolado, em que um eminente obreiro do Senhor (não possuidor de um título pomposo, é verdade) batiza um novo convertido, deve ser considerado, digamos, uma grande heresia, a ponto de gerar indignação em nosso meio? Ou seria apenas mais uma das muitas questiúnculas do nosso tempo?"


Em Cristo,

Ciro Sanches Zibordi


Fonte: http://cirozibordi.blogspot.com.br/2010/02/o-batismo-em-aguas-segundo-biblia-1.html



                                                                                               

Comentários