FENÔMENOS NATURAIS OU SINAIS DE DEUS?





                                    


Deus possui inúmeros atributos. Suas qualidades destacam-se em todos os sentidos. É onipotente, onipresente, onisciente. É sábio, santo, fiel e bom. É justo e compassivo. É perfeito. Ninguém pode ser comparado a Ele. Seu nome merece adoração e admiração. Todo elogio lhe cabe. Glória e força lhe pertencem.

Por esses dias relâmpagos transformaram a noite em dia em diversos pontos de Aracaju e a chuva trouxe muitos transtornos à população.


Foi então que lembrei- me do livro de Jó.


“Com a sua voz troveja Deus maravilhosamente; faz grandes coisas, que nós não compreendemos” (Jó 37:5).

Para a maioria das pessoas, o Livro de Jó é um livro enigmático, pois trata dos dilemas humanos em várias perspectivas. Esse livro demonstra, em última análise, que a grandeza e a soberania do Todo Poderoso está muito além da nossa capacidade de entender.


O Livro de Jó ou Job é um dos livros sapienciais do Antigo Testamento e da Tanakh, vem depois do Livro de Ester e antes do Livro de Salmos. É considerada a obra prima da literatura do movimento de Sabedoria. Também é considerada uma das mais belas histórias de prova e fé. Conta a história de Jó, onde o livro mostra que era um homem temente a Deus e o agradava.

As inúmeras exegeses presentes neste livro são tentativas clássicas para conciliar a coexistência do mal e de Deus (teodicéia). A época em que se desenrolam os fatos, ou quando este livro foi redigido, é controverso. Existe uma famosa discussão no Talmud a este respeito.

A autoria de Jó é incerta. Alguns eruditos atribuem o livro a Moisés. Outros atribuem a um dos antigos sábios, cujos escritos podem se encontrados em Provérbios ou Eclesiastes. Talvez o próprio Salomão tenha sido seu autor. O livro de Jó também é considerado o livro mais antigo da Bíblia, mais até que o livro de Gênesis.

Por outro lado, a Edição Pastoral da Bíblia sustenta que o livro provavelmente foi redigido, em sua maior parte, durante o exílio, no século VI AC .

A Bíblia de Jerusalém sustenta que o livro é posterior a Jeremias e Ezequiel, ou seja, escrito em uma época posterior ao Exílio na Babilônia, considerando provável sua composição no início do séc. V AC .
O tema central do livro de Jó não é o problema do mal, nem o sofrimento do justo e inocente, e muito menos o da "paciência de Jó", mas a natureza da relação entre o homem e Deus, em oposição à teologia da retribuição, a atual teologia da prosperidade.
No livro Deus interroga Jó a respeito de seu (de Jó) conhecimento da criação e o questiona sobre a natureza inanimada.


1-Ele interroga Jó sobre a origem e o conteúdo do mar.
2- Deus pergunta se Jó é responsável pela aurora de um novo dia.
3-Deus quer saber o que Jó conhece sobre as moradas da luz e das trevas.
4-Deus ainda interroga Jó sobre os elementos da natureza.
5-Deus chama a sua atenção para os corpos celestes, Deus pergunta a Jó se ele pode organizá-los e comandá-los.
6-Deus questiona se os elementos naturais corresponderão aos comandos de Jó.
Naturalmente, o Senhor sabe que Jó não pode comandar os elementos da natureza. Suas perguntas são destinadas a ressaltar o conhecimento limitado de Jó e o comando do mundo em volta dele.

Se Jó não entende nem mesmo estes fenômenos naturais do mundo, como pode ele esperar entender as obras de Deus na área da justiça? Jó não pode comandar a natureza nem os corpos celestes; por que ele tem a presunção de questionar a justiça ou o poder daquele que criou estas coisas e continua a dominá-las?


É interessante vermos que mesmo com todo desenvolvimento da Ciência o homem não consegue deter a força da natureza.

Acredito que os fenômenos naturais são reflexo da ação humana devastadora sobre a natureza e uma resposta da Soberania de Deus a Humanidade.

                                   



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