CARNAVAL GOSPEL? O SAGRADO E O PROFANO NAS IGREJAS EVANGÉLICAS





Bom dia, meus queridos leitores...

Hoje o AltoFalanteGospel vem abordar mais um tema polêmico...

Depois do Feriadão de Carnaval comecei a perceber que enquanto foliões se divertem em blocos de Rua como o Rasgadinho aqui em Aracaju, assistindo os Desfiles das Escolas de Samba eixo São Paulo - Rio de Janeiro, atrás de Trio Elétricos, Micaretas etc... etc... etc...

 
É comum em várias igrejas a organização de festas e eventos para atrair e entreter os jovens evangélicos, que normalmente não participam das festas tradicionais dessa época. Ao longo dos anos, eventos com shows de artistas gospel congressos e conferências têm sido cada vez mais comuns no calendário de eventos de diversas denominações por todo o país.
 
Apesar de jovem, analiso bastante todas as atitudes das lideranças evangélicas com o objetivo de atrair e manter fiéis a qualquer custo, mesmo que isso contrarie os princípios cristãos contidos na Bíblia a Palavra de Deus.
 
Afinal de contas, o crescimento do número de fiéis é sinônimo de aumento na arrecadação dízimos e ofertas...
 
Por conta disso, comecei a analisar o contexto do surgimento das festividades de Carnaval descobrindo que a sua origem está relacionada a rituais pagãos de adoração a vários deuses.
 
As folias do Carnaval também estão ligadas às festas pagãs romanas, marcadas pela licenciosidade sexual, bebedeira, glutonaria, orgias coletivas e muita música. Eram conhecidas como bacanais (em homenagem a Baco, o deus do vinho e da orgia), lupercais (em homenagem ao deus obsceno Pã, também chamado de Luperco) e saturnais (em homenagem ao deus Saturno, que, segundo a mitologia grega, devorou seus próprios filhos).
 
Trata-se por isso de uma celebração que não tem amparo nas Sagradas Escrituras que defende apenas a adoração ao Único Deus.
 
Com o advento do cristianismo, a Igreja Católica Apostólica Romana começou a tentar conter os excessos do povo nessas festas pagãs e a condenar a libertinagem. Porém, com a resistência popular, em 590 d.C. ela própria oficializou o Carnaval dando origem ao “carnaval cristão”, quando o Papa Gregório I marcou definitivamente a data do Carnaval no calendário eclesiástico.
 
Esse momento de grandes festejos populares antecedia a Quaresma, período determinado pela Igreja Católica para que todos os anos os fiéis se dedicassem, durante 40 dias, a assuntos espirituais, antes da Semana Santa. No período que ia da Quarta-feira de Cinzas até o Domingo de Páscoa, o povo deveria entregar-se à austeridade e ao jejum, para lembrar os 40 dias que Jesus passou no deserto consagrando-se.
 
Como o povo enfrentaria um longo período de privações e abstinência, alguns “carnais” permitiram que o povo cometesse então algumas extravagâncias antes. Às vésperas da Quaresma, os cristãos fartavam-se de assados e frituras entre o domingo e a “terça-feira gorda”. O que deveria ser apenas uma festa religiosa acabou assimilando os antigos costumes de libertinagem e bebedeiras.
 
Esses dias de “vale-tudo” que antecedem a Quaresma, em que as pessoas ficam 40 dias sem comer carne, passaram a ser chamados de adeus à carne, que em italiano é carne vale, ou carnevale, resultando na palavra "Carnaval".
 
A Quarta-feira de Cinzas, primeiro dia da Quaresma, simbolizava o momento em que as pessoas se revestiam de cinzas, evocando que do pó vieram e para o pó retornariam, e ingressavam no período em que a Igreja celebra a paixão, a morte e a ressurreição de Jesus Cristo.
 
Me questiono, qual a posição de um cristão dentro desse contexto no século XXI?
 
Me questiono, até que ponto as igrejas evangélicas devem se abrir aos rituais pagãos de comemoração, adaptando-os a sua realidade?

 
Há quem justifique como estratégia evangelística a participação efetiva na festa do carnaval, desfilando com carros alegóricos e blocos evangélicos, o que não deixa de ser uma tremenda associação com a profanação. Pergunta-se, então: será que deveríamos freqüentar boates gays, sessões espíritas e casas de massagem, a fim de conhecer melhor a ação do diabo a investir contra elas? Ou deveríamos traçar estratégias melhores de evangelismo?

No carnaval de hoje, são poucas as diferenças das festas que originaram, continuamos vendo imoralidade, música lasciva, promiscuidade sexual e bebedeiras.

Como cristãos, não podemos concordar e muito menos participar de modo festivo de tal comemoração , que vai contra os princípios claros da Palavra de Deus:


"Porque os que segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são do espírito para as coisas do espírito (Rm 8.5-8)."
"Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus (1 Co 6.20)."

No entanto, o Senhor Jesus nunca perdeu a oportunidade de pregar a sua Mensagem, nem mesmo fugia do contato com a cultura e a vida em sociedade, muito pelo contrário... ele respondia as interrogações e os questionamentos da época.

Em contrapartida, muitos usando a desculpa de "evangelização" nas festividades pagãs, como Carnaval e São João, acabam enveredando na linha tênue entre o sagrado e o profano.
 
Até mesmo dentro das denominações mais tradicionais, como as Igrejas Batistas, o sagrado e o profano em alguns momentos andam lado a lado.
 
Na Primeira Igreja Batista de Aracaju, e outras igrejas Batistas que congreguei desde a infância, a cada dia é mais comum entre os jovens que "comemorem" tendo como base o Senhor Jesus as festividades de São João e Carnaval.
 
Alguns dos meus amigos não evangélicos, afirmam que é um forma que a membresia da Igreja encontrou para extravasar a sua vontade de está comemorando junto com os outros, tais festividades.
 
Outros defendem que a Cultura de uma Região tem forte influência na Igreja, mesmo que ela não queira admitir e que por isso, a Igreja tem que usar essa cultura de forma estratégica  para defender os seus princípios e valores.
 
No mais.... deixo essa pequena reflexão:
 
Irmãos, vocês foram chamados para a liberdade. Mas não usem a liberdade para dar ocasião à vontade da carne; ao contrário, sirvam uns aos outros mediante o amor.
Gálatas 5:13
 
 
Vivam como pessoas livres, mas não usem a liberdade como desculpa para fazer o mal; vivam como servos de Deus.
1 Pedro 2:16
 
 
"Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas. "
 
I Coríntios 6:12

Forte Abraço!
 
      
 
 
 
 
 
 
 
pt.wikipedia.org/wiki/Carnaval
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