GOSPEL X CRISTÃOS: SOMOS UM EM CRISTO JESUS

                
                                      




Há algum tempo venho percebendo que alguns teológos  e membros de entidades religiosas comentam sobre a diferença entre Músicas Cristãs e Músicas Gospels...

Lembro que um certo irmão maestro da Primeira Igreja Batista de Aracaju escreveu um texto muito interessante onde defendia o posicionamento de que existe músicas sacras, cristãs e gospels.

 Por conta da minha curiosidade resolvi pesquisar mais a fundo... e  escrever sobre o seguinte tema: Existe diferença entre ser "gospel" e ser "cristão" ?
                   

A expressão gospel (que em inglês significa evangelho) está na moda no Brasil. Faz parte da identidade que muitos evangélicos assumiram e assinam embaixo. Mas será que ser gospel significa mesmo ser cristão ( que quer dizer aquele que é de Cristo)?

Segundo o Dicionário a palavra Gospel significa evangelho, em português. Gospel é o diminutivo de “God Spell”, ou seja, palavras de Deus, que significa também botas notícias, boas novas, e etc. O termo surgiu nos Estados Unidos, com os cultos que eram realizados.
Gospel surgiu como um tipo de canto das comunidades negras nos Estados Unidos, e era um ritmo dos cultos. O gospel é possui uma melodia simples, e é mesclado com músicas folclóricas e um pouco de blues.

Ainda que o termo, "Música Gospel", possa abranger um campo da Música muito vasto, seus estilos, embora com nomes variados, possuem todos uma mesma essência e raiz — a música cristã negra nos Estados Unidos da América.

É engraçado, o fato de que usamos tantos termos para definirmos que seguimos a Cristo que muitas vezes nos confundimos e até mesmo nos perdemos com tantas designações.

A título de curiosidade segue algumas definições:

Crente é todo aquele que crê (em algo, ou alguém);

Evangélico é aquele que crê em Deus conforme a tradição bíblica, discordando do catolicismo;

Cristão é todo aquele que acredita em Jesus, não importando a denominação a que pertença.  


De forma mais abrangente:


CRISTÃO:
Do latim christianus (o que pertence ao cristianismo), segundo a Bíblia, surgiu pela primeira vez em Antioquia: “E sucedeu que todo ano se reuniram naquela igreja, e ensinaram muita gente; e em Antioquia foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos” (At. 11:26). Na prática, é empregado de forma genérica para designar o adepto de qualquer religião dita cristã, ou seja, qualquer pessoa que professa crê em Cristo. Por exemplo: os evangélicos, os católicos, os espíritas, as Testemunhas de Jeová etc. Dá-se o mesmo com o substantivo cristianismo (do latim christianismus), que não é específico de um determinado grupo religioso, mas de toda cristandade (conjunto de países ou povos declarados cristãos). Por exemplo: os cristãos evangélicos, os cristãos católicos, os cristãos espíritas, os cristãos ortodoxos etc.

CRENTE:
Do latim credens, plural credentes, significa o que crê, aquele que tem fé. Ao pé da letra, portanto, todas as pessoas que têm fé, independentemente da razão dessa fé, podem ser chamadas de crentes, inclusive o próprio Diabo: “Tu crês que há um só Deus: fazes bem: também os demônios o crêem, e estremecem” (Tg. 2:19). Esta é a forma mais usual nas igrejas evangélicas. Qual de nós nunca ouviu falar, por exemplo, em: crentes tradicionais, crentes pentecostais, crentes batistas, crentes presbiterianos, crentes assembleianos, crente mundano, crente carnal, crente fiel etc.?
PROTESTANTE:
Significa, ao pé da letra, pessoa que protesta. Trata-se de um termo surgido na Alemanha, em 29 de abril de 1529, quando os partidários de Martinho Lutero protestaram contra um decreto do imperador alemão. Embora seja empregado em referência a todos que crêem na salvação pela fé, na prática, porém, é mais comum na Europa, em referência aos luteranos, anglicanos e calvinistas.

EVANGÉLICO:
Do latim evangelicus (aquele que crê nos evangelhos), é a forma usada em documentos oficiais, por exemplo, pelo IBGE e por outros órgãos oficiais; é também a que mais aparece na imprensa e no meio acadêmico.
Em relação a qual desses adjetivos é o melhor, ao que parece, todos eles podem ser usados sem restrição, já que mais importante do que o rótulo ou o título, é a integridade moral e espiritual de cada pessoa que se diz cristã, crente, protestante ou evangélicos.


Semanticamente falando, as  duas denominações ( gospel e cristão) podem ser usadas para um mesmo fim. Tanto "gospel" quanto "cristãos" são crentes; pois têm fé em algo; são também evangélicos, pois acreditam no evangelho (na Boa Nova de Jesus) como mensagem de vida; são também cristãos, afinal, crêem, no Cristo Ressuscitado.
Poderia, então, dizer que não deveríamos usar esses termos para diferenciar grupos. Deveríamos usá-los como adjetivos para caracterizar várias e diversas comunidades.


Como militante da causa negra, às vezes me pergunto se essa discriminação em relação a palavra "Gospel" não será um preconceito étnico disfarçado de preocupação bíblica com a sã doutrina,  devido as origens negras da Música Gospel.

Mas isso é assunto para uma próxima postagem...

 
 

Fontes: http://www.desejandodeus.com.br/2012/01/diferenca-entre-gospel-e-cristao.html
http://www.midiagospel.com.br/religiao/musicagospel-destaque-revista-veja
http://www.geograficamentecorreto.com/2012/01/bereiano-voce-e-gospel-ou-cristao.html 
pt.wikipedia.org/wiki/Música_gospel
pt.wikipedia.org/wiki/Música_cristã_contemporânea
http://www.discernimentobiblico.net/Quais%20as%20diferen%E7as%20entre%20a%20m%FAsica%20gospel%20e%20os%20hinos%20interdenominacionais.html

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